Turismo de aventura com máscara, a nova realidade de Brotas

13 de julho de 2020

Divulgação/Viva Brotas Ecoparque Turistas levam bote para a prática de rafting usando máscaras contra o coronavírus, em Brotas, no interior de São Pau

A prática do rafting, descida em corredeiras com botes infláveis, ganhou um equipamento extra, além de roupas especiais, coletes salva-vidas e capacetes, em Brotas, no interior de São Paulo. Devido à pandemia do novo coronavírus, os praticantes são obrigados a usar máscara o tempo todo, desde os preparativos, até a saída do rio. Nesta sexta-feira, 10, a cidade de 25 mil habitantes, considerada a ‘capital do turismo de aventura’, foi promovida da fase vermelha para a laranja do Plano São Paulo de retomada das atividades, mas quase nada vai mudar para moradores e turistas.

Desde o início deste mês, a prefeitura vem executando um protocolo sanitário para a operação dos esportes de aventura que incluem ainda caminhadas em trilhas, boia cross (descida de rios sobre boias) e tirolesa.

No rafting, por exemplo, botes de 13 pés – cerca de 4 metros – podem ser ocupados por no máximo seis pessoas para garantir distanciamento mínimo entre elas. Algumas manobras conhecidas pelos turistas, como a brincadeira do remo, o ‘escorrega’ e o surfe, estão suspensas, pois exigem a aproximação dos participantes e troca de equipamentos.

Os proprietários de parque e operadoras de turismo ficaram responsáveis pela aplicação das medidas sanitárias, sob a fiscalização da prefeitura. Conforme o secretário municipal de turismo, Fabio Pontes, as medidas foram discutidas com os órgãos de saúde. “As pessoas podem voltar a se divertir em nossos destinos, mas sem deixar de tomar as precauções que as autoridades de saúde recomendam no enfrentamento ao coronavírus”, disse. A cidade tem 23 casos e um óbito pelo vírus.

Conforme o secretário, em algumas atividades aquáticas em que não é possível o uso da máscara, os participantes devem manter distância de três metros um do outro. As trilhas e parques ganharam higienizadores com álcool gel. Em todos os locais, incluindo ecoparques, hotéis, pousadas, bares e restaurantes, a lotação está limitada a 50% da capacidade.

Antes da pandemia, a cidade recebia em média 300 mil turistas por ano. “Estamos confiantes na retomada forte do setor, aguardada ainda para este ano, no último semestre”, afirmou Pontes.

Fonte: Estadão

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